Palavras Ordinárias
três cubos de palavras ordinárias com dois dedos de poesia
1 de abril de 2020
desabafando sozinha
13 de novembro de 2019
competição
9 de dezembro de 2014
a vida e o ônibus
No calor do cotidiano
A vida e a roleta do ônibus não param
E quem logo chega de cara já anseia um lugar confortável diante do amontoado de gente
que as vezes só anseia a chegada no trabalho,
Outras só o trabalho...
E aí a felicidade chega quando num ponto qualquer, alguém desce e você sobe no melhor lugar,
Atrás do motorista, ao lado da janela
No lugar mais alto.
Pois não há nada melhor que chegar do que chegar e sentar na janela.
A vida é isso, um anseio de lugares
Numa hora você é levado pela massa por que não tem seu lugar
Outra hora usufrui de um canto bom, mas dependendo da chance, logo deve sair, pra deixa outro passar.
7 de novembro de 2014
Depressao
De quê vale sorrir se a alma chora?
De fugir e nao ir embora
De sair sem ver nem ter a hora
De implorar pelo que não mais importa
De se completar com o que não aflora
De que vale o quê, vale nada.
20 de outubro de 2014
no ônibus a vida corre...
No calor do cotidiano
A vida e a roleta do ônibus não param
E quem logo chega de cara já anseia um lugar confortável diante do amontoado de gente
que as vezes só anseia a chegada no trabalho,
Outras só o trabalho
E aí a felicidade chega quando num ponto qualquer, alguém desce e você sobe no melhor lugar,
Atrás do motorista, ao lado da janela
No lugar mais alto.
Pois não há nada melhor que chegar do que chegar e sentar na janela.
A vida é isso: um anseio de lugares
Numa hora você é levado pela massa por não tem seu lugar
Outra hora usufrui de um canto bom, mas dependendo da chance, logo deve sair, pra deixa o outro passar.
19 de setembro de 2014
Falta de saco
Que a moral e o bons costumes me perdoem
Mas hoje não tô pra ladainha
Não tô pra encontrar um assento no ônibus e dar lugar à velhinha.
O egoísmo não permite que eu lute contra minha vontade e o sono por acordar cedo subsiste à incrível vontade de voltar pra cama
É, minha geração é preguiçosa, não tem vontade, não tem coragem, não tem gana, mas, quer grana pra tudo.
Que a moral e os bons costumes me perdoe mas hoje vou me permitir não ser legal, hoje vou colocar a cara de cú no rosto e desfilar por ai
Como se não dependesse de nada, como a pouco me importasse e que na verdade, não me importo mesmo.
11 de setembro de 2014
Drama
Uma lágrima escorre a escória do meu peito aberto
aberto às 0h do dia 01 de setembro deste ano,
quando te vi subir num avião qualquer e desde então esta vida, por de trás deste smartphone se resume à monotonia dos dias quentes e corridos.
E esse desencontro de tempo, lugar-espaço o vazio fica suspenso no ar, em pleno vácuo.
O que tem sido um porre. Isso é um porre. Escrever isso também é. Aborreço me... Porra dias, passa logo.
9 de setembro de 2014
Política 2014
Caminhando entre fezes e estercos, quem saberá o lado a seguir,
quem saberá em quem votar,
quem quem quem quem votar?
vejo um bando de gente comum tentando crescer nas minhas costas,
sob custas do meu suor, desarmando a vitória que teria se não fosse profunda exploração
Sinto na garganta o desespero de um nó
ao ver o país nas mãos dos companheiros,
que com simpatia adentram casas, prometendo mundos, fundos (imundos)
mas, que no fim estará a favor de suas vontades
governará de costas pra mim,
silenciando minha voz sempre que gritar for possível.
Brasil-política, socorro.
Mas quem vem? E...
(de onde?)
29 de agosto de 2014
viver como quisera
queria viver meu hoje
como se fosse morrer amanhã
mas, vou continuar viver hoje como se pudesse ver nascer o dia
(todo os dias)
mesmo sabendo que talvez eu não os veja.
27 de agosto de 2014
Faceira
A mulher que botou o homem da loucura pra baixo
Ô bicha faceira!
olha nos olhos de seu macho, de cima pra baixo,
Passando a mão em si, dobrando e desdobrando a blusa na barriga
Enquanto ele espera o ônibus da obra, ela olha pra ele e o namora
Como quem não vai voltar pra casa,
Como quem não pertence àquele lugar, mas pertence à ela
Essa mulher, cínica por natureza,
Tem o poder - em si o mistério,
Trabalha à noite, mas não vendendo o corpo,
Soa lavando copos numa cozinha de um botequinho fuleiro,
Mas que se enche de graça quando seu andar passa, levando as "taças"
Essa mulher faceira, quente, trabalhadeira, que ganha a vida no muque, espera o amor do homem, que ela envolve no ponto, que a princípio, de longe, parece cair no infinito da teia dela.
resistência
estabeleci, com o peso da consciência obesa que hoje foi o meu último dia de impulsos alimentares.
A vontade é vomitar tudo que ouvi, vi, senti e comi. A vontade é por pra fora o que não deveria ter entrado, a vontade é vomitar. Mas eu resisti.
26 de agosto de 2014
meia, meia boca
Tentei na íntegra ser inteira
Cai de cara e de primeira
Na tentativa de ser original
Não faz mal, tudo acrescenta
com calma se ajeita
É, um dia chego lá
Diante de todas variáveis desse plano cartesiano
Conheci a fundo o negativo e hoje, meu salto é um pouco menos que positivo.
Numa tendencia proporcional de crescer conforme a vontade,
a vida vai me mostrando os autos e os baixos dessa hipérbole da linha horizontal
Quanto ao meu estilo, se acomode,
Meia hora, meia vida, um meio no tédio, meia boca.
20 de agosto de 2014
Na metade
Numa encruzilhada
Entre bombas e artifícios
Mortos e feridos
Não salvam se ninguem
Em cada lado, a existência de uma verdade absoluta impera e luta por hegemonia política (ou financeira?)
A ferro e fogo o outro deve engolir,
Custe quantos dias a raiar,
Custe quantos mães, pais e filhos a matar,
Fogo!
(tudo pelo poder de poder)
Soldados!
(uns matando para sobreviver, outros lutando para garantir a vida)
Dignidade humana
(osaúda de longe, perplexa)
Não importa o lado: a diplomacia mandará respostas por fogo.
19 de agosto de 2014
Coisa de mãe
sol torrando a pele
uma mãe cuidadosa
vestida de flor
pega sua menina
leva pra escola
e com zelo e carinho, numa mão segura a sombrinha e noutra guia a bicicleta como se guiasse vidas - e guia
A mãe assina para filha, em cada pedalada a mudança do destino
e hoje vai dorme feliz, mais um dia grande de mãe cumprido.
18 de agosto de 2014
egoísmo
eu não gastarei nenhum cálice dessa poesia para contemplar sua superficialidade.
E não escorrerá nenhuma gota de lágrima ou suor em sua espera - não há de haver espera.
9 de julho de 2014
É só isso
A balança diz que estou sobrepeso, a moda que estou passada, a vida desajeitada. Assumir o que sou nunca foi um erro. Ou é isso ou é o dedo na garganta, pra cuspir a comida no vaso. Ou eu fico bem ou moro de vez. E quer saber? Escolhi viver e viver bem. Isto não é nada e muito menos uma poesia... É só o que eu gostaria me dizer e que ecoasse durante uns anos, para quando esquecer, recordar isso novamente.