14 de fevereiro de 2011

Correspondencias sem destinatários


Você, pra variar não sabe que estou aqui
Não posso te mostrar quem sou
E as maravilhas que posso fazer por ti,
Você nunca esteve aqui

Estive com você numa relação monotóna de monólogos melancólicos
Pois tudo seu em mim foi eu quem criou
Não te pré-ocupe com meu sofrimento, não a culpo
Se há definição pra isso é a Incapacidade.
Que sinto por te amar

Seria cruel querer teu sofrimento
Por tudo que sofri sem você saber
Por todos seus sorrisos que deu sem me ter por perto
E por todas as suas felicidades nas quais não estive presente
Não quero teu mal
Eu te amo e só quero você,
apenas com a voracidade do meu amor
sorrisos, felicidade em cor.

Eu posso ter todas, mas eu quero você
Posso, posso.
E o que se faz do poder sem querer
Se é do seu sorriso que preciso agora
Como abelha precisa do mel, preciso-te
E se for pra ter a vida de uma borboleta
Que sofre primeiro para poder voar
Espero.

É a única que pode me fazer companhia
Se foi e levou consigo a felicidade
me deixando em solidão, em banho-maria

Então não me deixe agora, não se vá embora
E se for, vê se não demora
Pois já passa da hora
De você olhar pra mim
Caso demore estarei aqui,
Num um futuro imperfeito
Criando o que poderiamos ser e não fomos
Como um verso que se remete em uma carta
Na qual não há e não haveria destinatarios

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